LEI DO ARTESÃO - ENTREVISTA

https://youtu.be/9ATzVn9Bf74

sábado, 21 de julho de 2012

MANIFESTO DOS ARTESÃOS DE PERNAMBUCO

Os artesãos de Pernambuco, passam por uma seleção rigorosa para poder participar da Fenearte,  feira de nível internacional que acontece no Estado, esta seleção é feira por uma  curadoria composta por técnicos do governo (em sua grande maioria) e uma representação dos artesãos, este foi o 3º ano consecutivo que os pernambucanos passam por este constrangimento  e grande maioria desses profissionais ficam fora deste evento e o que é pior, os que são selecionados não podem dispor do seu espaço (pago c/ um desconto de 20%, com relação aos outros participantes da feira) para dividir com outro artesão. É uma incoerência total deste governo que se proclama "Popular e democrático".
Os artesãos prejudicados enviaram, através do FAPE - Fórum dos Artesãos e Artesãs de Pernambuco um Manifesto para o governador Eduardo Campos, para a 1ª Dama Renata Campos e para o Coordenador da Fenearte Roberto Lessa, dando ciência e solicitando providências.

Leia abaixo o referido Manifesto:


MANIFESTO PELA VALORIZAÇÃO DO ARTESÃO E ARTESÃ DE PERNAMBUCO

Os artesãos e artesãs de Pernambuco que não foram selecionados para participar da XIII FENEARTE manifestam sua insatisfação com o resultado da seleção e com o método utilizado para tal, que discrimina e penaliza grande parte da categoria.

A grande maioria dos profissionais artesãos pernambucanos está insatisfeita com esta discriminação, mascarada de seleção que só desvaloriza e desestimula o exercício do ofício, além de dar margem às práticas inconsequentes como, pré-inscrever os parentes e amigos (sem nenhuma competência artesanal), para obter mais chance na seleção. Os artesãos recomendam que, se tem que haver seleção (uma vez que o espaço não comporta toda demanda) que seja analisado o artesão e não o produto artesanal, que se faça uma visita ao ateliê do artesão pré-inscrito, para classificar e bonificar os verdadeiros artesãos, e não atravessadores de artesanato.

 A categoria artesã pernambucana (principalmente os profissionais artesãos da Região Metropolitana) dá ciência ao governo do Estado, do descontentamento geral da classe com a exclusão também do Centro de Artesanato (que será inaugurado no armazém 11 do Porto do Recife), onde a categoria, não foi sequer consultada sobre a criação deste equipamento e também em nenhum momento, foi chamada para colaborar com o processo de organização e gestão do espaço.               
Os artesãos e artesãs de Pernambuco ficam a se questionar que governo popular e democrático é este, que continua com as mesmas práticas da ditadura, impondo, discriminando, excluindo o povo (artesãos e artesãs) das ações e decisões direcionadas a este mesmo público?
Que governo popular e democrático é este, que não dialoga com o povo (artesãos e artesãs) que o elegeu e que impõe o que Ele (Governo) acha que é certo, sem consultar, sem saber o que realmente este povo (artesãos e artesãs) quer.

Senhor Governador Eduardo Campos e Primeira dama Senhora Renata Campos, o povo (artesãos e artesãs), não aceita mais imposição, não aceita que a “coisa venha de cima pra baixo” sem uma efetiva participação.
Os artesãos e artesãs de Pernambuco, prejudicados e discriminados pelo governo que ajudaram a eleger manifestam sua insatisfação com o direcionamento que este governo está dando ao artesanato no nosso Estado e solicitam a participação da categoria artesã nas ações direcionadas à classe artesanal pernambucana, como também, solicitam dinamização e democratização da participação da sociedade civil (artesãs e artesãos) no Programa do Artesanato de Pernambuco – PAPE; solicitam ainda, a retomada das reuniões do PAPE e das informações às entidades representativas dos artesãos pernambucanos no diz respeito ao cronograma das feiras fora do Estado, para que estas entidades voltem a indicar os artesãos para participar dessas feiras cujo espaço é viabilizado pelo governo do Estado (aquela parceria “governo e entidades de classe” não acontece mais), atualmente estas indicações estão sendo feitas pessoalmente pelos técnicos do governo, o que só reforça a discriminação e o protecionismo a uns artesãos e artesãs em detrimento de outros competentes profissionais artesãos do Estado.
Ainda neste manifesto, os artesãos e artesãs de Pernambuco exigem uma tomada de decisão referente à democratização do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco para adesão ao Sistema Nacional de Cultura – SNC o que, de acordo com a grande maioria da classe artística cultural Pernambucana é mais uma incoerência deste governo “popular democrático”.