Os artesãos prejudicados enviaram, através do FAPE - Fórum dos Artesãos e Artesãs de Pernambuco um Manifesto para o governador Eduardo Campos, para a 1ª Dama Renata Campos e para o Coordenador da Fenearte Roberto Lessa, dando ciência e solicitando providências.
Leia abaixo o referido Manifesto:
MANIFESTO PELA VALORIZAÇÃO DO ARTESÃO E ARTESÃ DE PERNAMBUCO
Os artesãos e artesãs de
Pernambuco que não foram selecionados para participar da XIII FENEARTE
manifestam sua insatisfação com o resultado da seleção e com o método utilizado
para tal, que discrimina e penaliza grande parte da categoria.
A grande maioria dos
profissionais artesãos pernambucanos está insatisfeita com esta discriminação,
mascarada de seleção que só desvaloriza e desestimula o exercício do ofício,
além de dar margem às práticas inconsequentes como, pré-inscrever os parentes e
amigos (sem nenhuma competência artesanal), para obter mais chance na seleção.
Os artesãos recomendam que, se tem que haver seleção (uma vez que o espaço não
comporta toda demanda) que seja analisado o artesão e não o produto artesanal,
que se faça uma visita ao ateliê do artesão pré-inscrito, para classificar e
bonificar os verdadeiros artesãos, e não atravessadores de artesanato.
A categoria artesã pernambucana
(principalmente os profissionais artesãos da Região Metropolitana) dá ciência
ao governo do Estado, do descontentamento geral da classe com a exclusão também
do Centro de Artesanato (que será
inaugurado no armazém 11 do Porto do Recife), onde a categoria, não foi sequer
consultada sobre a criação deste equipamento e também em nenhum momento, foi
chamada para colaborar com o processo de organização e gestão do espaço.
Os artesãos e artesãs de
Pernambuco ficam a se questionar que governo popular e democrático é este, que
continua com as mesmas práticas da ditadura, impondo, discriminando, excluindo
o povo (artesãos e artesãs) das ações e decisões direcionadas a este mesmo
público?
Que governo popular e democrático
é este, que não dialoga com o povo (artesãos e artesãs) que o elegeu e que
impõe o que Ele (Governo) acha que é certo, sem consultar, sem saber o que
realmente este povo (artesãos e artesãs) quer.
Senhor Governador Eduardo Campos
e Primeira dama Senhora Renata Campos, o povo (artesãos e artesãs), não aceita
mais imposição, não aceita que a “coisa venha de cima pra baixo” sem uma
efetiva participação.
Os artesãos e artesãs de
Pernambuco, prejudicados e discriminados pelo governo que ajudaram a eleger
manifestam sua insatisfação com o direcionamento que este governo está dando ao
artesanato no nosso Estado e solicitam a participação da categoria artesã nas
ações direcionadas à classe artesanal pernambucana, como também, solicitam
dinamização e democratização da participação da sociedade civil (artesãs e
artesãos) no Programa do Artesanato de
Pernambuco – PAPE; solicitam ainda, a retomada das reuniões do PAPE e das
informações às entidades representativas dos artesãos pernambucanos no diz
respeito ao cronograma das feiras fora do Estado, para que estas entidades voltem
a indicar os artesãos para participar dessas feiras cujo espaço é viabilizado pelo
governo do Estado (aquela parceria “governo e entidades de classe” não acontece
mais), atualmente estas indicações estão sendo feitas pessoalmente pelos
técnicos do governo, o que só reforça a discriminação e o protecionismo a uns
artesãos e artesãs em detrimento de outros competentes profissionais artesãos
do Estado.
Ainda neste manifesto, os
artesãos e artesãs de Pernambuco exigem uma tomada de decisão referente à
democratização do Conselho Estadual de
Cultura de Pernambuco para adesão ao Sistema Nacional de Cultura – SNC o
que, de acordo com a grande maioria da classe artística cultural Pernambucana é
mais uma incoerência deste governo “popular democrático”.
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